Doença Terminal

Há uma micose que, de tempos a tempos, faz questão de ressurgir em força para me dar uma comichão demencial...

Ocasionalmente, tenho que passar largos periodos dentro de um automóvel, pelos pinhais deste país (não, não me estou a prostituir...). Como tal, passo os dias com o rádio ligado. E, em geral, as únicas rádios que se apanham, são as rádios nacionais...

Ora, as rádios nacionais têm uma coisa muito engraçada que são as playlist! As playlist contêm as musiquinhas que as editoras querem impingir ao pessoal e que, no total, devem ser umas 20... Sim, não mais que 20... Isto faz com que, de 2 em 2 horas, comecem a repetir as musiquinhas, o que quer dizer que tenho que as ouvir 3 a 4 vezes por dia!!! A multiplicar por 2 semanas ou 1 mês...

Esta m***a é insuportável!!!!!!!!!!!!!!!! Ao fim de 2 dias começo com uma comichão na nuca, que se vai agravando até ao momento que consigo permanecer, pelo menos, uma semana longe de qualquer contacto radiofónico!!! Já nem falo da qualidade das músicas, mas sim do facto de ter que as gramar a toda a hora!!!

Os efeitos secundários desta maleita passam por momentos de perca de consciência (damos por nós a cantar alegremente refrões de Nelly Furtado, Robbie Williams ou Justin Timberlake), fervor religioso (rogamos aos céus que não passem novamente Sheryl Crow) e esquisofrenia (tudo o mundo nos quer mal ao passar, no espaço de 2 horas, 2 músicas de Britney Spears).

De momento já me sinto melhor, mas temi pela minha saúde...

P.S.- O mais curioso é que, ao princípio da noite, quando pouca gente deve estar ao pé da rádio, até passam uns programas de autor engraçados...