A prova que faltava!

Desde crianças que somos avisados para a existência de um animal fugidío e perigoso, mas que, que se conheça, nunca foi avistado. Este Leviatã dos tempos modernos, contemporâneo de outros como sejam o Monstro do Loch Ness, o Bigfoot ou o Yeti, está associado ao clima mediterrâneo, aparecendo deste modo em todo o Sul da Europa e parte da Califórnia (neste caso há quem diga que chegou a Governador...).

Os mais atentos terão já certamente notado que me refiro ao Gambuzino.

Quem não se lembra, com elevado saudosismo, das horas passadas nas noites de verão com uma sarapilheira numa mão e um pau na outra, tentando em vão atrair este ser com as palavras de ordem "gambuzinos ao saco, gambuzinos ao saco", expressão que se crê deixar deixá-lo num transe que o atraia até à fonte sonora?!

Muito pouco se sabe do seu ciclo de vida, nomeadamente sobre assuntos tão essenciais como alimentação base e época reprodutiva, existindo teorias diametralmente opostas que ora o consideram mamífero, ave, peixe, réptil, ou até fungo...

Consumada está a certeza da sua voracidade. Relatos de antigos pastores dão conta de cabeças de gado devoradas em segundos, naquilo que alguns consideram o ataque concertado de dezenas de elementos e outros o massacre de apenas um Gambuzino de grande porte! Mais uma vez subsistem as dúvidas sobre o porte e comportamento social do animal. Em cima deixo-vos com um esboço daquilo que se crê ser um animal já adulto, embora não tenha ainda adquirido a coloração "verde-seco" que o caracteriza durante os últimos anos da sua existência.

Para os amantes da Natureza, aviso-vos que a maior probabilidade de encontrar um destes animais é na Serra de Monchique, como se pode verificar pela imagem encontrada junto a um caminho florestal, e que atesta a preocupação dos locais para com os efeitos devastadores deste pequeno/grande? animal.