Lição de Vida

Numa época em que se assiste a um certo alheamento da população mais idosa, por parte da sociedade, parece-me importante referir aqui que temos, de facto, muito a aprender com aqueles que já viveram muito mais experiências que nós!! Podemos com eles aprender importantes lições que nos indiquem o caminho certo e evitem que cometamos erros desnecessários...

É então com espírito missionário, que quero partilhar convosco um dos ensinamentos mais importantes que já recebi.

O meu avô, homem vivido entre terras angolanas e a Beira Alta, que já viveu no meio da savana e no meio do pinhal, que caçou animais de grande porte e galinhas, resume uma existência dedicada à justiça e a Deus, com uma frase chave!! Esta é o sumo de uma vida, o resumir de 70 anos de experiência!!!

Pois bem... Este expoente do conhecimento é o seguinte:

Se fosse eu que mandasse, matava-os a todos...

Sim... ele matava todos... E quem são todos? Passemos a um exemplo prático, com o qual poderão praticar em casa.

13:00. Jornal Nacional da TVI. Poucos segundos após começar, poderemos ouvir uma qualquer história sobre miséria, caos ou destruíção... Nessa altura começa a ser fundamentado o pensamento, com hipóteses do género “estes fi***s da p***, a roubarem as pessoas, se fosse eu que mandasse, matava-os a todos...”, ou, “cab***s do c****lho, quem é que eles pensam que são para fazerem uma coisa destas, hã?? Se fosse eu que mandasse, matava-os a todos...”. E assim sucessivamente, até estarmos já a assistir a um genocídio superior ao de Vlad Drac.

A universalidade desta afirmação provem de poder ser aplicada em toda e qualquer situação, até mesmo para os oponentes de uma mesma disputa, pois ambos (aliás, todos) merecem certamente ser mortos, senão agora, por alguma coisa que ainda possam vir a fazer... Passaríamos rapidamente de uma situação de excesso populacional a nível planetário, para valores bastante comedidos...

Ai se fosse ele que mandasse...

Pensamento do Dia

Se:

quem tem cú tem medo,

esta senhora passa os dias apavorada...

Cozido para todos!

Alguém me sabe explicar porque é que a quarta-feira é o dia nacional do cozido à portuguesa?
A maioria, se não todos os restaurantes que na sua ementa conste o famoso prato típico, fazem-no à quarta-feira…mas porquê?
Se um tipo lhe apetecer comer um cozido a qualquer outro dia da semana, basicamente está entalado.
Por outro lado, nesse mesmo dia, nos restaurantes com ementas menos variadas, um tipo que não goste de cozido, também fica mais limitado.
Às quartas-feiras os restaurantes com tradição de bom cozido estão à pinha. Ora se a especialidade é cozido, porque é que não o fazem todos os dias?
Proponho que o cozido à portuguesa seja legislado.
Sugiro um esquema de rotatividade semelhante ao das farmácias, introduzindo aqui o conceito de “Restaurante de Serviço na sua área de residência ou trabalho”. Este é o restaurante, onde naquele dia da semana, podemos comer o nosso cozido. Assim, temos cozido para todos e para ninguém, todos os dias.
Vamos por um ponto final, na ditadura do cozido das quartas-feiras.
Sim…eu hoje comi cozido.

P.S. - Felizmente existe o bitoque…esse prato sem dono…tábua de salvação nacional.

Bin Laden, Criança Influenciável

Consta, a surda voz, por esses corredores dos mais variados serviços secretos ocidentais, que as travessuras de Osama Bin Laden se devem a uma contiuada hiperactividade e fértil imaginação...

Este barbudo senhor, dotável de uma riqueza imensa, foi outrora uma criança cheia de mimos que se fartava com rapidez das bricadeiras dos seus colegas sauditas!! Diz-se igualmente, que ao ir estudar para inglaterra, e depois de ter contacto com os primeiros filmes de James Bond, terá descoberto a sua verdadeira vocação...

Ao coçá-los nas tardes de domingo (a BBC começou a passar filmes do 007 nas tardes de domingo muito antes da SIC) a ideia de viver em grutas, comandar milhares de homens e dominar o mundo nunca mais lhe saiu da cabeça, tendo então encarnado o protótipo do mega-vilão-cujo-único-objectivo-é-o-domínio-global.

Terá mandado construír a sua primeira gruta aos 18 anos, e aos 21 já tinha desenvolvido completamente o seu próprio riso maquiavélico! Nunca se separa de uma caixa de Möet & Chandon, não vá finalmente chegar o mais conhecido espião de sua magestade...

P.S.- Cuidado com os comentários, pois por esta altura já a CIA, o MI5 e a Mossad estão de olho nesta página...

Barbie Cova da Moura

A Mattel, com o apoio do Virilha Shop, ex Mikas Shop, tem o prazer de apresentar mais um produto de prestígio – a nova e resplandecente Barbie Cova da Moura!

Esta magnifica boneca, constitui uma réplica fiel de um dos estereótipos das sociedades urbanas contemporâneas. Referenciada nas revistas da especialidade, este magnífico brinquedo já foi mesmo comparado aos bonecos de cera de Madame Tussaud's.

A embalagem da Barbie Cova da Moura contém os seguintes elementos:
- Uma Barbie Cova da Moura com 15 anos, púbis rapada, maquilhagem foleira, três nódoas negras na tromba, cabelo oxigenado e brincos de pechisbeque.
- Meia beata Márboro
- Barriga postiça, para enganar a Segurança Social e andar sentada nos transportes públicos.
- Um vestido berrante da feira de Carcavelos

Pode ainda completar a sua compra com os magníficos extras, vendidos avulso:
- Pacotes de Márboro
- Whisky de Sacavém
- Six-Packs de fresquinhas
- Pack “Filhas da puta” composto pelos magníficos rebentos de Barbie Cova da Moura com Ken Xunga, Snoop Dog Ken e Ken Marvila.

O Fiel Amigo

De todas as micoses, existe uma que se destaca. Possível de ser contraída em locais públicos, nomeadamente balneários, não necessita de contacto físico directo, podendo assim ser contraída de um perfeito desconhecido...

É o Pé de Atleta!!!

Quem tenha praticado desporto no Monte terá mais chances de ganhar o Euro-milhões que nunca ter apanhado pé de atleta, pois as instalações desportivas continham tudo o que é necessário para acarinhar este pequeno vírus... Humidade e temperatura equatoriais!!

Tendo contraído recentemente esta maleita numa passagem fugaz pela pousada da juventude de Faro (é o que dá ser parvo e esquecer-me dos chinelos...), venho aqui alertar-vos para as virtudes desta dermatite micótrica que tem sido tão incompreendida ao longo dos tempos.

Sim, o fungo dá origem a que os nossos pés mais pareçam um documentário sobre o ébola, graças às possíveis hemorragias ou à queda de pele, aliados a um cheiro semelhante a gatos mortos mas, no entanto, uma das suas principais características compensa estas pequenas desvantagens!!!

O que é que o Pé de Atleta faz, meus meninos?? Exactamente... DÁ COMICHÃO!!!!!

Esta particularidade é sem dúvida o mecanismo de defesa do ser em questão. Passemos ao seguinte exemplo práctico, que também poderão pôr em prática nos vossos lares!

Andam a tentar dar cabo do bicho com toda uma série de pomadinhas que vos impingem na farmácia e, quando a situação está quase normal, eis que chega uma qualquer sexta ou sábado à noite... Chegam a casa completamente inconscientes, depois de noitada num qualquer local de fama duvidosa, descalçam-se e... ocorre um leve roçar da meia no pé, que vos dá uma comichão do outro mundo!!!!!! Só há uma solução: coçar...

O problema está em que, quanto mais coçam mais cresce em vocês uma sensação de alívio, gerando-se um efeito “bola de neve” que só pára ao fim de 5 ou 10 minutos de intenso esgravatar, quando se apercebem que deram cabo do pé todo!! É caótico. Dias de luta contra o bicho desfazem-se em poucos minutos!!

O pior ocorre no dia seguinte ao acordar... A juntar a uma ressaca em geral grandiosa, existe também uma dor no pé insuportável, pois no lugar dos dedos estão agora pequenas crateras adornadas com crostas repugnantes!! Medo...

É mau, mas não há nada que se compare aos 5 minutos de esgravatanço!!! Algo que realmente não se compra com dinheiro. Aconselho a todos...

Trocadalhos da vida real

No restaurante:
- Os senhores querem o “Covert”?.
- Sim, sim…traga.
- É que pode ser completo ou só pão e azeitonas.
- Traga completo.
- Mas sabe…completo é com queijo…e acabou-se.
- Olhe…traga o “cóver”!

KING KONG

Andava eu a pensar se iria ou não ver o fantástico remake, quando decidi perguntar a opinião a um mikoso:
- Já viste o King Kong?
- Epá, já! Muito bom. Gostei! Vai ver.
- Mas aquilo não é só efeitos especiais?
- Epá não! Tem boa história, bom argumento...inclusivé está muito engraçado a maneira como a gaja dá a volta ao macaco.

Perante uma resposta destas tive de ir ver o filme....

Mitos Urbanos

Quem cresceu nesse micro-cosmos de nome “Monte Abraão”, terá certamente na memória algumas personagens dignas de histórias do género do senhor dos anéis… Fica aqui a minha visão (que poderá ser falsa) de duas que ainda hoje ocupam parte do meu coração: a “Ana Banana” e o “Barão”

A “Ana Banana”, numa época em que eu abandonava gradualmente os legos e tentava dedicar-me às mulheres (sem qualquer êxito), era uma moçoila que habitava algures no bairro da caixa e costumava passar, com alguma frequência pela minha rua. Cabelos encaracolados e a cara cheia de sardas. Até aqui nada de especial.

Até que um dia alguém se saiu com o seguinte discurso: “sabes quem é aquela? É a Ana Banana. F*** por 100 escudos (a moeda da época, para os mais novos)!!! Dizem que tem um mealheiro cheio de moedas!!!!”

E pronto. A pobre rapariga ficou imediatamente catalogada!!! Pior que isso, ainda que o dinheiro tenha desvalorizado muito, 100 escudos era uma quantia a que ainda se conseguia deitar a mão, e assim ansiava pelo dia em que me fosse proposto uma ida ao “banco”. Imaginava-a com um frasco de doce cheio de moedas, conquistadas com o fruto do seu trabalho… Nunca mais a vi… Mas a fama será sempre dela!

O Barão era daquelas pessoas a quem as nossas mães aconselhavam distância! Com mais que 30 anos, vivia numa barraca, em frente à da mãe, usava o mesmo casaco seboso durante 365 dias por ano, barba e bigode por fazer, chapéu à caçador e costumava rondar a escola. Acho que não vendia doces a criancinhas, mas provavelmente não por falta de vontade... Costumava andar com uma mochila cheia de tralha e era visto com alguma regularidade entre Queluz e Lisboa. Há mesmo quem o tenha visto a passar por cego ali por terras do Rossio.

Percursor do “choque tecnológico”, tinha um telefone que ligava a sua habitação à da sua mãe!!

Numa tarde qualquer vem a descer o monte com as mãos completamente entrapadas. “Explodiu-me a barraca… Fiquei com as mãos assim a tentar tirar de lá a minha mãe! Foi uma bilha de gás…”

Talvez graças a ele exista a expressão “Até a Barraca Abana”!

Teorema de Mine

Como toda a cáfila de malandros que por este país prolifera, os patrões levaram a casa à falência. Copos surrados, chão sujo…clientela da pior.
A gestão não foi danosa…foi má! Foi investimento a fundo perdido…mas nem tudo está perdido.
Como toda a cáfila de malandros que por este país prolifera, os patrões abriram falência e reabriram com outro nome…o mesmo endereço…mas outro nome, outras cores.
Aplicámos uma operação de cosmética à barraca…uma reanimação (CPR para os dreads) e hei-lo rejuvenescido:
Scratch the Mikas está de volta…sob o nome de Virilha de Platina (até ver).
Arranjámos também um novo sócio…uma injecção de capital (mais um lesado).
Connosco teremos Plasma, senhor do espirro atómico. Com raízes no Monte (Abraham’s Hill para os mais dreads) é de Braga que nos escreve.

Apresentadas as novidades aqui fica o tema do primeiro post de 2006:

O Teorema de Mine’

Numa qualquer festividade caseira, ou não, o número de grades de Mine a comprar, por dia, terá de ser no mínimo igual ou superior ao número de primatas evoluídos, ou não, envolvidos na festividade, ou não, dividido por dois…correndo-se o risco de haver grande secura.