A Idade Adulta

Entrei recentemente no mundo das reclamações oficiais, por escrito...

Ora, o que é uma reclamação oficial? É, nada mais nada menos, que o supra-sumo das reclamações!

Um gajo contrata um serviço, passado pouco tempo repara que as coisas não estão a ir pelo melhor, e o que faz? Liga para o apoio ao cliente... No apoio ao cliente encontram-se uma série de pessoas, bastante atenciosas e simpáticas (por vezes até iritantes), que são o primeiro passo da reclamação. Estas, são treinadas para ouvir gajos como eu que, bastante aborrecidos, lhes perguntam porque é que as coisas não funcionam, ao que elas em geral se desculpam, em nome da empresa, e dizem que se está a tratar do assunto... Sim, porque o assunto está sempre a ser tratado, nunca é é a tempo, caso contrário não haveria reclamação...

Passados uns dias, e constatando-se que o problema continua na mesma, o que é que se faz?? Correcto!! Liga-se para o apoio ao cliente, novamente.... Blá, blá, blá...

Chega então a hora da reclamação por escrito! A Reclamação por escrito tem uma série de procedimentos (que se podem encontrar em diversos modelos) para que ambas as partes se percebam claramente e sem equívocos... Que é como quem diz, para tratar as pessoas educadamente! Ora... Um gajo já está irritado por ter perdido tempo e dinheiro (muito, neste caso) e tem que explicar tudo novamente. E por escrito, o que significa que não pode haver falhas, para que nos meandros da burocracia se consiga avançar... O que é irritante....

Tudo começa com um Vossas Excelências.... Vossas excelências... Na verdade estas palavras são em código!! O que realmente estamos a escrever é: Ó meus grandes filhos da puta!!! E eles sabem-no... mas riem-se! Dirão de si para si “olha, este gajo que estou a sodomizar à bruta chama-me excelência!!! Vou enrabá-lo mais um pouco...”

De seguida tentamos escrever aquilo que nos aborrece num português muito correcto e elaborado, para mostrarmos a suas excelências que somos dignos da sua atenção! Mais paneleirices... Sempre a tratá-los subservientemente quando o que realmente queremos dizer é “olhem lá, a vossa empresa é uma anedota de eficiência, e só aí andam porque vão para as putas com os ministros, parem de me roubar!!”

O meu pai apenas corrigiu duas vírgulas, o quer dizer que o meu cinismo atingiu um ponto em que posso sobreviver sozinho neste mundo...



Começo a sentir uma certa nostalgia pelo mundo das crianças onde 95% das questões se resolvem com um par de chapadas e depois são todos amigos! Os restantes 5% resolvem-se com comida...

Geeks...

É certo que a predilecção dos homens por “gadgets” é superior à das mulheres.
Eles são os computadores, os PDAs, os sistemas de som para o DVD, os auto rádios XPTO, etc…
Elas é mais roupa…e talvez um telemóvel catita…mas não passa disso.
No entanto, mesmo entre os gajos temos casos peculiares que saem do gosto por brinquedos técnicos e entram na paneleirice!
O caso prático desta situação é um colega com quem trabalho, que tem uma ventoinha USB para o portátil.
Para que é que isto serve? …“Ai o meu portátil aquece muito e eu transpiro muito das mãos”.
Epá levanta o cú da cadeira e vai lavar as mãos…mas deixa-te lá de ventoinhas!
Inclusive corre-se o risco de num pico de corrente o computador levantar voo, tipo helicóptero, e aterrar nos cornos de alguém no open-space. Não deve faltar muito para arranjar um secador de cabelo e um corta-unhas USB…
Mas nada consegue demover estes “geeks” das engenhocas…pois segundo consta a próxima compra dele é um robot aspirador, que limpa a casa sozinho…pelo mesmo preço metia lá em casa uma ucraniana/brasuca de 20 anitos…que lhe fazia a “faxina” toda!

Galharda FM

Afinal o que falta na rádio em Portugal?
Temos programas da manhã irritantes em muitas das estações, alguns programas de autor com qualidade, playlists monótonas, meteorologia, notícias e fóruns de debate, e informação de trânsito com qualidade, que muitas vezes deixa a desejar.
É neste panorama de pouca criatividade e diversidade de oferta, no éter português, que surge espaço para um serviço público de alta importância: o Galharda FM.
O conceito é básico: informação actualizada do paradeiro das brigadas de trânsito e respectivas operações STOP.
Quantos de nós não pagariam bom dinheiro para saber, se ao arrancar de Lisboa de uma noite de copos, temos a 24 de Julho sem “mona”?!
Deveremos ir pelos cabos de Ávila? Será que fecharam a A5 na bomba de Oeiras? Avenida de Ceuta...tá-se? Paramos no Monsanto ou em Belém a fazer tempo, ou seguimos?
Estas são informações vitais para o copofónico (ainda que a palavra não exista, é esdrúxula). Principalmente para o malogrado habitante dos subúrbios, que tem de percorrer com grande carroça as mais perigosas artérias da cidade.
Não tenham dúvidas que o grande problema da sinistralidade “alcoólica”, são as manobras de último recurso tentando evitar a operação stop, quando ao longe já se vislumbram os coletes “verde escarreta radioactiva”.
O copofónico informado, vai direitinho para casa, sem stress nem carta apreendida. Para pagar pelos seus pecados já chegam as ressacas…
Assim sendo vão sondando o éter em 101.9 Mhz (sim…vamos apagar a rádio Orbital do mapa, sacode!) e aguardem…Galharda FM está a caminho.

O último Fetiche

Todos nós já vimos pornografia. Uns mais que outros (e quem por aqui passa deve ver muita!), mas já todos demos uma espreitadela nessa arte maltratada...

Desde os tempos da mísera cassete de vídeo, até à Internet, foi um pequeno passo recheado de corpos nús!!

Por seu turno, a conjugação de caixas de e-mail cada vez maiores a uma também crescente velocidade de ligação, permite-nos hoje em dia receber enormidades de pornografia nas nossas caixas de correio (é para isso que servem os amigos...), pornografia essa que é cada vez mais diversificada e que aparece nos mais diversos formatos.

Sim, quem já não viu duplas e triplas pentrações, mulheres-com-animais, homens-com-animais, mulheres-com-máquinas, sadomasoquismo, “golden-showers”, defecações, “deep-throats”, “teens” (que geralmente aparentam ter quase trinta...), senhoras de idade, sexo em público, sexo dentro de água... enfim, uma enormidade de géneros diferentes, para agradar a todas as paranóias que andam por esse planeta (gostei particularmente de um, onde se podia observar uma catraia japonesa a expelir, com bastante força, pequenos peixes do seu orgão sexual)!! A verdadeira democracia!!!

Mas engane-se quem pense que de facto é possível encontrar de tudo... afinal a censura existe, e é implacável!!

Nunca, mas mesmo NUNCA, me foi possível vislumbrar uma foto, um vídeo, ou o que quer que seja, que envolvesse sexo com gémeas siamesas... Uma vergonha... Onde está a liberdade de expressão??? Sim, porque se elas existem, também gostarão certamente de prazeres carnais!!! Não querendo ser muito exigente, contentar-me-ia com qualquer espécie de união, fosse ela por um seio, pelos pés, pelo tronco ou pela cabeça!!

Quando os vídeos caseiros são cada vez mais banalidades, e qualquer VIP que se preze tem o seu, parece-me óbvio que este “género” também deva existir!

A minha última esperança é que as gémeas iranianas, casadas por sinal (como é que fariam na altura do coito? Levavam 2 gajos, ou foi o mesmo que casou com as duas?), tivessem uma câmara de filmar...

P.S. Este Post é no fundo um apelo... Fico à espera desses vídeos!

Cow-gay-ada

O western tal como o conhecemos morreu. O John Wayne dará certamente voltas na campa, e o Clint Eastwood está com uma azia olímpica.
Onde é que já se viu um filme de cowboys rabichos?
Onde é que já se viu um filme de cowboys que se chama BrokeBack Mountain – a montanha das costas partidas. Quer dizer…faz sentido. Em vez de andarem a guardar o gado e aos tiros, andavam a saltar para as costinhas uns dos outros.
Mas o cúmulo deste atentado aos filmes de gajo (vulgo “coboiadas”) é que se trata de uma história de amor.
Antigamente o herói salvava a menina com meias de liga, levando-a da má vida do salloon e rumavam a cavalo pelo sol poente.
E o que temos agora? Dois marmanjões com chapéu à JR aos abraçinhos e a choramingar? Nomeados para os Óscares?
Nah…comigo não, eu fico-me pelo “O Bom, o mau e o vilão”. Sacode!

Dilema de um surdo-mudo

Chegava eu de mais um dia de jorna, pronto para passar a 25 de Abril e seguir para o aconchego do lar, quando me deparo com uma fila do caraças antes das portagens.... Obras, pensei eu com alguma compreensão, e aguentei-me sem pensar mais no assunto... Faz-se uns telefonemas, ouve-se rádio e a coisa compõe-se.... A meio do tabuleiro, duas faixas cortadas, carros da polícia e um burburinho tremendo, mas obras nem vê-las... Olho em direcção ao rio e vejo um tipo sem capacete agarrado aos tirantes da ponte.. Fonix, obras? manutenção? que raio é isto? e segui calmamente o meu itinerário sem pensar mais no assunto.
Há noitinha, no meio do quinto zapping, dou por mim no telejornal da TVI: "Surdo-mudo mata a mulher e foge para a ponte 25 de Abril - tentative de suícidio gorada face à brilhante prestação dos psicólogos da Judiciária"
Após uma branca de alguns segundos, ocorreu-me.... tu queres ver que era o gajo...
E só podia ser.
Dissertando um pouco à volta de toda esta problemática cheguei a algumas conclusões:

- A mulher podia moer-lhe a cabeça à vontade que o tipo não ouvia, e se ela insistisse tinha de correr atrás dele a gesticular... a solução não era matá-la, era pura e simplesmente fechar os olhos...

- O gajo, para além de surdo-mudo é parvo... quem é que foge para cima de uma ponte? Pior só o macaco que fugiu para cima do arranha céus, mas convenhamos...

- Os gajos da Judite são de facto óptimos... comunicaram com o surdo-mudo que, provavelmente sabia ler nos lábios, mas que diacho.... como é que o tipo respondia? Agarrado ao tirante, se tentasse a linguagem gestual era certinho que ia lá parar abaixo...

- O tipo agora vai preso, e tem uma vantagem: não vai ouvir os pedidos insistentes dos compinchas: "Apanha ai o sabonete, pá.."

O fim de um sonho...

Cansado desta vida rotineira de escritório, comecei a pensar seriamente em concretizar um sonho antigo: tornar-me empresário no ramo das “variedades”.
Sem ambições desmesuradas tenho no meu imaginário uma sala sobre o comprido, com uma pequena passerelle, três varões e duas bolas de espelhos.
Os sofás de veludo vermelho em forma de “U” dariam ao ambiente um toque acolhedor, dispostos contiguamente, e acompanhados de pequenas mesas, onde as garrafas de Asti Gancia seriam uma constante. As “artistas” em cartaz seriam sempre da melhor qualidade e de um exotismo fora de série.
Sim…vislumbro um futuro promissor….mas neste mundo do “showbiz” o nome da casa faz a casa, e por isso o nome teria de ser perfeito.
Decidi fazer um pequeno estudo de mercado e finalmente tomei uma decisão. Sem perder mais tempo fui registar aquele que, mais do que o nome de um estabelecimento, pretendia que fosse o sinónimo da “grande noite de Lisboa”!
Ao tentar registar o nome…a marca que mudaria a minha vida, descubro que esta tem dono...que esta já viu a luz do dia…numa loja de animais no Cacém, especializada em aves.
Não quis acreditar. Tinha de ver com os meus próprios olhos…
Deixo-vos em baixo a imagem do horror…do fim de um sonho.

O genérico mais vendido do mundo